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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Metro do Porto distinguido pela Universidade de Harvard

O Metro do Porto é um dos dois projetos premiados na 11ª edição do prémio “Veronica Rudge Green Prize”, atribuído pela escola de design da universidade norte-americana de Harvard. Este importante galardão em design urbano vai ser atribuído na terça-feira, em Cambridge, Massachusetts (EUA).

Fonte da organização do prémio disse ao Boas Notícias que, para esta edição, foram nomeados cerca de 100 projetos de todo o mundo. Esta é a primeira vez, desde o arranque do “Veronica Rudge Green Prize”, que são premiados dois projetos em exaqueo.

No site da universidade de Harvard, relativamente ao projeto Metro do Porto, o júri destaca o potencial desta infraestrutura de mobilidade, “cuidadosamente planeada e executada para transformar a cidade e a região”.
 
O júri elogia também o arquiteto Eduardo Souto Moura, prémio Pritzker 2011, que coordenou a equipa de projetistas responsáveis pela inserção urbana do metro em diferentes locais da Área Metropolitana do Porto.

"O Metro do Porto exibe uma generosidade em relação à esfera pública que é fora do comum nas infraestruturas contemporâneas. A capacidade de Souto de Moura e da sua equipa em negociar uma míriade de limitações tecnicas e administrativas faz com que este seja, verdadeiramente, um projeto de design urbano impressionante", lê-se no site dos prémios.

Além do Metro do Porto, a 11ª edição dos Green Prize distinguiu o projeto autárquico Proyecto Urbano Integral (PUI), desenvolvido na cidade de Medellín (Colombia). O prémio reconhece a liderança do arquiteto Alejandro Echeverri e o papel da agência Empresa de Desarrollo Urbano (EDU), que garantiu a execução desta iniciativa.

O PUI é um projeto de design social que tem vindo a criar várias soluções (por exemplo meios de transporte mais eficientes e soluções de habitação económicas) para combater as condições de pobreza extrema em que vivem cerca de 170 mil habitante de Medellín.

Os dois prémios vão ser atribuídos na próxima terça-feira à tarde, numa cerimónia na sede da Graduate School of Design, em Cambridge. O evento inclui a inauguração de uma exposição sobre os dois projetos premiados.

Clique AQUI para saber mais sobre este prémio.

Azeite português em destaque no New York Times

O prestigiado jornal norte-americano The New York Times publicou, esta quinta-feira, um extenso artigo sobre o crescimento das exportações portuguesas, dando especial ênfase à indústria do azeite. 

A Herdade de Manantiz, que já produz azeite há 127 anos, serve de fio condutor da reportagem de Raphel Minder. O jornalista explica que, perante a recessão, esta herdade - que anteriormente vivia para o mercado interno - passou a apostar na modernização da produção e na procura de clientes no exterior. 

O investimento de 197.000 euros já deu frutos: em Maio a empresa completou a sua primeira venda no mercado externo, a um cliente brasileiro que comprou 504 garrafas de azeite, e está em negociações com clientes suecos e japoneses.

Raphel Minder considera que esta aposta nas exportações, incentivada por alguns economistas, tem vindo a ajudar as empresas nacionais. “Uma vez que muitas das empresas do país aceitaram que o crescimento deve ocorrer fora das fronteiras, a economia está a começar a melhorar”, diz o jornalista que aponta os últimos dados do Eurostat, respeitantes à subida de 1,1 por cento do PIB português, para reforçar esta teoria.
O princípio do fim da recesão

Citando o economista Luís Cabral, professor de economia da Universidade de Nova York, o artigo defende que Portugal “chegou ao princípio do fim da recessão”, mas alerta para a dificuldade que as empresas continuam a sentir no momento de pedir financiamento à banca.

Raphel Minder dá o exemplo da Herdade de Manantiz que, durante três anos, tentou sem sucesso obter um empréstimo para o sofisticado sistema de irrigação que implementou. Por fim, a herdade acabou por conseguir um subsídio do Estado e da União Europeia, destinado ao desenvolvimento rural, que apoiou 40 por cento do investimento.

“Antes deste sistema de irrigação, a Herdade de Manantiz contava, quase exclusivamente, com a época das chuvas para alimentar as suas 30.000 oliveiras, plantadas num terreno de 529 hectares, numa das regiões mais secas da Europa do sul”, salienta Minder.
É este tipo de investimento que, sublinha o jornalista, tem feito a indústria do azeite vingar no mercado externo. Apontando dados da Casa do Azeite, Raphel Minder salienta que as exportações de azeite duplicaram, desde 2008, após sucessivos anos em queda, sendo que, só em 2012, as exportações aumentaram mais de 20%, como noticiou, na altura, o Boas Notícias.

Além do azeite, o jornalista destaca, na conclusão do artigo, outras indústrias portuguesas que têm sido bem-sucedidas no mercado externo, como os combustíveis e lubrificantes da refinaria da Galp, em Sines, ou os setores da comida e bebida, bem como a indústria dos móveis que, em 2012, gerou receitas de mil milhões de euros.