Páginas

terça-feira, 26 de junho de 2012

Animal do mês: Coiote

   Coiote (Canis latrans) é um mamífero, membro da família Canidae e do genêro Canis. Os coiotes são encontrados apenas na América do Norte e Central. Os coiotes geralmente vivem sós, mas podem se organizar em matilhas ocasionalmente. Coiotes vivem em média 6 anos. A palavra coiote é de origem Nahuatl.
Área Geográfica
   Coiotes são nativos da região Neártica. Eles são achados por toda a America do Norte e Central. Desde do Panamá ao norte do México chegando aos Estados Unidos da America e Canadá, indo do Norte do Alaska até as regiões setentrionais do Canadá.
Habitat
   Coiotes são extremamente adaptáveis e existem em uma vasta gama de habitates, incluindo florestas, pradarias, desertos e pântanos. Eles são tipicamente excluídos de áreas com lobos. Coiotes, devido à sua tolerância para as atividades humanas, também habitam em ambientes suburbanos, agrícolas e urbanos.

Lince-Ibérico


   O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares lobo-rabo, gato-cerval, liberne, gato-cravo ou gato-lince, é a espécie de felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados. Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à Península Ibérica. Apenas existem cerca de 140 linces ibérico em liberdade em toda a Península Ibérica.
Distribuição

   O lince-ibérico só existe em Portugal,Espanha e Polónia. A população está limitada a pequenos agregados dispersos (ver mapa de distribuição), resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em mosaico, com biótopos fechados para abrigo.O lince-ibérico pode-se encontrar na Serra da Malcata, situada entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta.
Habitat e ecologia

   Este felino habita no maqui mediterrânico [1]. Prefere um mosaico de mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça (ICONA 1992). Não é frequentador assíduo de plantações de espécies arbóreas exóticas (eucaliptais e pinhais) (Palomares et al. 1991).
Como predador de topo que é, o lince ibérico tem um papel fundamental no controlo das populações de coelhos (sua presa favorita) e de outros pequenos mamíferos de que se alimenta
Comportamento

   É um animal essencialmente nocturno. Trepador exímio. Por dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.
Os territórios dos machos podem sobrepôr-se a territórios de uma ou mais fêmeas.
Os acasalamentos, pouco frequentes, ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 ou até 1, daí um dos seus pequenos aumentos populacionais. Não existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.
Ameaças

   A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose. A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afectou as populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.
Outras ameaças:
Utilização de armadilhas
Caça ilegal
Atropelamentos
Estatuto de conservação

   O estatuto de conservação do lince-ibérico tem variado ao longo das últimas décadas:
1965 > Considerado muito raro e acreditando-se decrescer em número (como Felis lynx pardina) (Scott 1965)
1986 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1986)
1988 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1988)
1990 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN 1990)
1994 > Ameaçado (Groombridge 1994)
1996 > Ameaçado (Baillie and Groombridge 1996)
Actualmente prevalece a avalição efectuada em 2002, pela UICN:
Criticamente ameaçado > segundo o critério C2a(i) > Categorias e Critérios de 2001 (versão 3.1)
Em Portugal, a espécie permanece com o estatuto de Criticamente Ameaçada, de acordo com a última edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, de 2006. [2]
A Quercus considerou a espécie inexistente em Portugal em 2007,[3] em resposta à criação do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal pelo governo português.[4] Embora existam testemunhas que tenham avistados alguns linces perto da fronteira.
Evolução populacional

   Evolução das estimativas do número total de indivíduos desde 1969 (apenas indivíduos no estado selvagem estão contabilizados):
1969: Vários milhares [5]
1978: 1000 a 1500 [6]
1987: 1000 a 1500 [7]
1991: Cerca de 1000 [8]
1992: Não mais que 1200, excluindo crias [9]
1995: Não mais que 1300 [10]
1998: Cerca de 800 [11]
2000: Cerca de 600 [12]
2002: Menos de 300 [13]
2003: 150 a 300 [14]
2004: 120 a 155
2006: 135 a 110 [15]
2008: 110 a 150 [16]
Segundo Nowell e Jackson (1995), o número de indivíduos existentes em Portugal no ano de 1995 não excederiam 100. Segundo os mesmos autores, para Espanha e para o mesmo ano, a população seria de 1200.
Medidas de conservação

   Um programa de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido em Espanha. Para tal, linces que estejam em subpopulações inviáveis terão que ser capturados.
Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha
Listada na CITES (apêndice I)
Em Portugal, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), em parceria com a organização internacional Fauna & Flora International (FFI), lançou, em 2004, o Programa Lince, que conta com a participação e o apoio técnico e científico de um grupo composto pelos principais especialistas nesta espécie em Portugal. No âmbito deste Programa, têm sido desenvolvidos projectos, entre os quais se incluem Projectos LIFE, que visam sobretudo a recuperação do habitat natural do Lince Ibérico.[17] O Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI) de Silves terá o propósito de fazer com que linces reprodutores em cativeiro se reproduzam no território nacional [1]
[editar]Taxonomia

   O lince-ibérico e o lince euroasiático eram endémico, na Europa Central, durante o Pleistoceno (Kurté'n 1968, Kurtén e Grandqvist 1987). Segundo Werdelin (1981), estas duas espécies evoluíram da primeira espécie de lince identificável (Lynx issiodorensis).
Antigas denominações científicas desta espécie:
Felis pardina
Felis lynx pardina
Lynx lynx pardina
Felis pardinus


     *Para saber mais clique sobre a preservação desta espécie clique aqui

Planta do mês: Manjerico

    manjerico (Ocimum minimum L.) pertence, tal como o seu parente mais próximo - o manjericão (Ocimum basilicum L.) - à família de plantas Lamiaceae.
Tradição:
   Em Portugal, o manjerico é uma planta bastante associada com as festas de Santo António e de São João, realizadas em 13 de Junho e 24 de Junho, respectivamente, em vários municípios. Na tradição popular das festas em honra de Santo António em Lisboa, por exemplo, é costume os rapazes comprarem um manjerico num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.
Tratamento:
   O manjerico necessita de muita agua e é uma planta de exterior, por vezes diz-se que o manjerico seca depois das festas mas a verdade é que se esquecem de o regar,ou,como mau costume colocam-no dentro de casa. O manjerico é uma planta de exterior,pleno sol. 
 Conselhos:
1. Podar as flores mal comecem a nascer para prolongar a vida do manjerico. Porém se queremos plantar os nossos próprios manjericos manter pelo menos algumas para que se obtenham sementes mais tarde.
2. Deve ser transplantado para vasos de barro com uma drenagem excelente para que as raízes respirem e não haja acumulação de fungos.
3. Tem de estar exposto a muita luz, se exposto a sol, até e apenas até 10h e/ou depois das 18hs. Estando exposto ao sol TEM de estar bem regado.
4. Colocar prato com água debaixo do vaso ajuda a manter a humidade nas horas de maior calor. Alguns conhecidos retiram a água à noite obtendo melhores resultados no prolongamento da vida da planta. Evitar deixar secar a terra.
5. A mistura de terra ideal é de 1/3 de humus e 2/3 de argila.
6. Propagação: Em tabuleiro de propagação por semente, em Janeiro/Fevereiro (em estufas) ou Junho/Julho. A mistura deve ser o oposto da usada para a planta adulta. 2/3 Humus e 1/3 argila. Deve-se manter a mistura bem humida. A planta aparece em 2 semanas aproximadamente, em poucos dias ganha folhas e força e pode ser transplantada em grupos de 3 a 4 para vasos individuais, onde são tratadas como planta adultas.
É uma planta anual, pelo que é difícil manter de um ano para o outro, mas não impossível. Tudo depende da temperatura do local onde se encontra que não convem ser inferior aos 10 graus centígrados. Geralmente guardam-se as sementes para o plantio da época seguinte.
Mangerico, S.João, Santo António, S.Pedro, Porto, aromatica
   Mito: “Deve-se tocar no mangerico com a palma da mao e cheirar a mão, pois cheirar directamente mata a planta”. De modo nenhum é um mito interessante, mas não é verídico. Contudo o manjerico reaje muito mal à proximidade de alcool e de alho… talvez álitos “mais invulgares” tenham fortalecido o mito  .


NOTA: pode também ser utilizado na culinária.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Melhor Projecto de Investigação Científica é de investigador luso

Distinção coloca Portugal no patamar dos melhores da Europa, Ásia e América do Norte
2012-05-24



Hélder Pereira (último à direita), com a sua equipa.
             


                 










                        O prémio de Melhor Projecto de Investigação Científica (“Basic Science Research Grant”) foi para o investigador do Laboratório Associado da Universidade do Minho (UMinho), Hélder Pereira, no 15º Congresso da ESSKA - European Society of Sports Traumatology Knee Surgery and Arthroscopy, em Genebra, Suíça. O cirurgião ortopédico, que trabalha sobre coordenação de Rui L. Reis e João Espregueira Mendes, foi também distinguido como um «Star Paper», numa sessão honorífica para discussão dos seis melhores trabalhos do congresso, entre os milhares de todo o mundo.

Este é o principal prémio de investigação atribuído pela maior sociedade europeia de Artroscopia e Traumatologia Desportiva. Tem por objectivo reconhecer, encorajar e estimular contributos notáveis com grande potencial de impacto na Ortopedia. Trata-se, aliás, de uma das maiores distinções recentemente atribuídas a um português e coloca Portugal no patamar dos melhores centros de investigação da Europa, Ásia e América do Norte.

A fase inicial deste trabalho já tinha sido reconhecida no final de 2011 com o Prémio Jorge Mineiro, a principal distinção da Sociedade Portuguesa de Ortopedia. Este prémio culminou com o convite para Hélder Pereira integrar o Comité de Ciência Básica da ESSKA, que é assim o mais jovem membro desta sociedade.

Hélder Pereira é doutorando em Medicina do Instituto de Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da UMinho. É licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Porto e especialista em Ortopedia e Traumatologia, que adquiriu no Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António). Exerce a profissão na Clínica Espregueira-Mendes: Estádio do Dragão e no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim-Vila do Conde. É ainda investigador no Grupo 3B’s.
O projecto distinguido pela ESSKA consiste no desenvolvimento de novas estratégias de engenharia de tecidos para regeneração do menisco e combina a aplicação de biomateriais inteiramente concebidos no Grupo 3B’s com uma estratégia inovadora de terapia celular para aplicação clínica futura. As lesões do menisco são a mais frequente causa de cirurgia em ortopedia e têm importante impacto socioeconómico.

A remoção da parte lesada (meniscectomia) tem sido o tratamento mais frequente, mas traz consequências a longo prazo, como o desgaste articular e artrose precoce. As novas tendências são a reparação e preservação do menisco, o transplante ou, mais recentemente, as abordagens de engenharia de tecidos e medicina regenerativa. Hélder Pereira fez um trabalho inovador de caracterização do tecido meniscal humano. Com base no conhecimento produzido foi desenvolvida uma nova matriz tridimensional porosa, associada a uma estratégia com uso de células autólogas para reparar defeitos do menisco, respeitando as exigências do tecido nativo. Esta estratégia foi validada “in vitro” nos laboratórios do Grupo 3B’s, em Guimarães, e vai agora ser testada em animais para poder chegar a aplicação clínica.  


                                                                                     Retirado de ...