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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Lisboa eleita a quarta cidade mais bela do mundo

Lisboa foi considerada a quarta cidade mais bonita do mundo. A capital portuguesa está no top 10 das cidades mais belas do planeta, elaborado pelo site de viagens “Urban City Guides”.
A liderar a tabela está Veneza, seguindo-se Paris e Praga. Lisboa surge no quarto posto, sendo destacada como uma das cidades mais cénicas do mundo, com os seus miradouros, colinas e ruas pitorescas. Uma cidade de “uma beleza sem esforço com detalhes cativantes”, define o site.
O Rio de Janeiro aparece em quinto lugar, seguido de Amesterdão, Florença e Roma. Os nono e décimo postos são ocupados por Budapeste e Bruges, respectivamente.
No mesmo site, Portugal também aparece no top dos 10 países mais bonitos, conquistando o sexto lugar, atrás da Itália, que lidera a lista, da Espanha, da Austrália e da Grécia. Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Alemanha completam os restantes cinco lugares do top.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Investigador português cria capacete de cortiça

Investigadores de Universidade de Aveiro criaram um capacete de cortiça, que reforça a segurança da cabeça de quem anda de moto. Segundo a revista Motociclista
, os vários testes realizados comprovam que a cortiça tem uma maior capacidade de absorver o impacto que a tradicional esferovite, usada por todos os fabricantes mundiais de capacetes, e mantém esta característica intacta no caso de o motociclista sofrer múltiplas pancadas na cabeça.
“Os revestimentos interiores dos capacetes, que servem para absorver a energia em caso de impacto, são hoje feitos quase exclusivamente em esferovite”, diz Ricardo Sousa, que lidera a equipa de investigadores.
“Este material, tem a vantagem de ser barato e leve mas tem uma grande desvantagem: quando sofre um primeiro impacto, deforma-se permanentemente, perdendo capacidade de absorção de energia. Assim, num eventual segundo impacto, o motociclista fica à mercê da sorte.”
Já o revestimento da Universidade de Aveiro, aponta Ricardo Sousa, “não só absorve muito melhor o impacto do que a esferovite pura, como mantém a capacidade de absorver impactos mesmo quando ocorrem vários seguidos”. A prova disso, empiricamente falando, “vê-se numa rolha de champanhe que, apesar de poder estar anos e anos comprimida no gargalo de uma garrafa, recupera praticamente a forma inicial assim que a bebida é aberta”.
“Por causa das legislações, a camada interna de esferovite tem vindo a aumentar ao longo dos anos. O resultado disso são capacetes cada vez maiores o que, esteticamente, não é muito agradável” diz Ricardo Sousa, também ele motociclista. Assim, o problema de tamanho que não se coloca com o projeto da UA já que a cortiça absorve mais energia de impacto que uma mesma quantidade de esferovite.
“Neste momento, depois de vários testes com diferentes associações entre esferovite e cortiça, existe já uma solução estudada e patenteada”, aponta o investigador. “É um híbrido”, descreve o responsável: “Trata-se de excertos de micro aglomerado de cortiça inseridos numa matriz de esferovite com as distâncias e tamanhos dos dois materiais devidamente estudados”.
A solução da Universidade de Aveiro para o revestimento dos capacetes pode torná-los mais caros. Mas a equipa de Ricardo Sousa está a pensar nas vantagens de proteção extra, sobretudo para capacetes de alta performance “em que o preço não é importante”:  Motociclismo, competições automobilísticas, ciclismo e hipismo são alguns dos desportos onde o capacete da UA pode vir a ser utilizado. A cabeça dos militares pode igualmente beneficiar desta investigação.
“A partir do momento em que este material ficou afinado está disponível para ser aplicado a qualquer tipo de protecção, seja para a cabeça, seja para outra parte de corpo”, afirma Ricardo Sousa.

"Casa da Severa" abre portas para homenagear Fado

Já está a funcionar como uma extensão do Museu do Fado a "Casa da Severa", espaço recém-inaugurado na antiga residência de Maria Severa Onofriana, considerada por muitos a "fundadora" do Fado, género musical que continua a fazer parte da identidade portuguesa e, em particular, lisboeta, que morreu precocemente aos 26 anos.

De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, a "Casa da Severa", localizada no agora chamado Largo da Severa, junto à Rua do Capelão, no bairro da Mouraria, abre as suas portas como centro local de interpretação deste género musical e vai acolher visitas de percursos temáticos, tertúlias, exibição de filmes, e, sobretudo, celebrar o Fado e os fadistas.

Em declarações à Lusa, fonte do Museu do Fado revelou que este novo pólo fadista da capital vai ter "atividades relacionadas com o fado" e terá em exposição "uma guitarra portuguesa, réplica de uma guitarra do tempo da Severa [de cravelhas] e reproduções alusivas ao tema", além de contar com um restaurante "num espaço totalmente renovado para o efeito".

A inauguração do espaço, cuja recuperação se inseriu no Programa de Ação QREN Mouraria promovido pela autarquia, aconteceu no passado dia 23 de Julho e ficou marcada por um ambiente de festa, com um espetáculo de rua que incluiu uma recriação da vida local na época da Severa e uma sessão de fados e guitarradas com um alinhamento organizado por Hélder Moutinho.
Em declarações à comunicação social presente por ocasião da inauguração, António Costa, autarca lisboeta, assinalou o facto de a data da inauguração ter coincidido com o dia de aniversário de Amália Rodrigues, outro nome incontornável da história do Fado.

António Costa sublinhou ainda a importância da "reabilitação de um edifício histórico em simultâneo com a revitalização da Mouraria" proporcionado pela inauguração da "Casa da Severa". 

Clique AQUI para aceder ao site oficial da "Casa da Severa" (ainda em construção) e AQUI para visitar a página deste novo espaço no Facebook.

Lince ibérico recupera da quase-extinção em Espanha. Segue-se Portugal.

Há 10 anos, o lince ibérico estava muito perto da extinção mas hoje, graças a um programa de conservação que envolveu caçadores, agricultores e a indústria do turismo, o número de espécimes triplicou de 94 para 312.
“Ainda não podemos festejar vitória, mas agora há esperança”, disse Miguel Ángel Simón, director do programa para a recuperação do lince na Andaluzia, no sul de Espanha. Há apenas cinco anos, o animal foi classificado como criticamente em perigo.
O projecto, financiado conjuntamente pelo governo de Andaluzia e pela União Europeia, foi apontado pela segunda vez pela UE como um programa de conservação exemplar. Bruxelas está a financiar 40% dos €26 milhões (R$ 76,8 milhões) necessários para estender o projecto para as regiões vizinhas da Extremadura, Castile-La Mancha e Múrcia – bem como para Portugal.
De acordo com Simón, citado pelo Guardian, o primeiro censos de linces realizado na Serra Morena e no Parque Nacional de Doñana não só detectou poucos linces, como também descobriu que a população de coelhos havia sido dizimadas por doença. E os coelhos são a principal fonte de alimento do lince.
O programa começou a criar linces em cativeiro, para o caso de estes se extinguirem na natureza. Quando o projecto actual foi lançado, em 2006, o governo andaluz trabalhou com os agricultores e clubes de caça, convencendo-os de que salvar o animal era do interesse de todos.
O lince foi transformado na atracção turística da região e foram criados 31 postos de trabalho a full-time, ligados a tarefas florestais em prol do programa. Esta vertente é muito significativa, já que o desemprego na Andaluzia se situa em torno dos 37%.
A segunda fase do programa envolveu a expansão do número de linces na região de Doñana. Alguns linces da Serra Morena foram aí libertados – e, para sucesso da iniciativa, no ano passado 61% dos linces recém-nascidos em Doñana eram descendentes de animais da Serra Morena.
A terceira fase do programa vai começar em Maio de 2014, com a introdução de animais em Portugal e em outras regiões.

Maior habitat de elefantes do norte da Europa prestes a abrir

O Noah’s Ark Zoo Farm, em Bristol, Inglaterra, está a construir um “hotel de cinco estrelas para elefantes” ecológico. O projecto no valor de €2 milhões (R$ 6 milhões) foi financiado em parte pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural.
Depois de cinco anos de trabalho, a construção está praticamente concluída e pronta para receber os primeiros inquilinos. O Elephant Eden vai garantir importantes melhorias no que diz respeito ao bem-estar dos elefantes, proporcionando-lhes um espaço pensado propositadamente para eles.
Trata-se do maior habitat artificial para elefantes no norte da Europa – tem nove hectares de área. Vai usar energia solar fotovoltaica, aquecimento a biomassa e recolha da água das chuvas – mecanismos que permitirão gerar a energia necessária para a casa dos elefantes e terrenos adjacentes. A maioria dos alimentos para os animais será cultivada numa quinta vizinha, informa o Business Green.
Pensado para gerir manadas de elefantes asiáticos e africanos, o projecto irá tornar-se num importante recurso moderno para os animais que já vivem em cativeiro. Eles vão poder desfrutar de uma zona de enigmas ocultos – tubos enterrados com comida escondida – e uma piscina de tamanho adequado à sua dimensão, por exemplo.
Ao longo do tempo, as condições de enclausuramento dos elefantes em jardins zoológicos ingleses têm-se tornado tão pobres que, no ano passado, o governo ordenou a melhoria das suas infra-estruturas – sob o risco de proibição de poderem continuar a albergar os animais.
Para começar, é esperado que um casal de elefantes se mude para a nova casa, mas com o tempo mais se juntarão aos privilegiados.

Estudante de Coimbra vence prémio europeu

Vítor Silva, João Andrade e Gabriel Falcão © Uni. de Coimbra
João Andrade, um estudante de doutoramento da Universidade de Coimbra (UC) foi o vencedor de um concurso europeu de “chips reconfiguráveis”, com um estudo que simplifica a criação de chips complexos. O concurso foi promovido por uma multinacional fabricante de chips.

Com base numa ferramenta informática de desenvolvimento de chips FPGA (Field-Programmable Gate Arrays)

, disponibilizado pela Altera, empresa promotora do concurso, João Andrade desenvolveu um projeto de criação de chips complexos, num curto espaço de tempo.

Este trabalho, orientado pelos professores Vítor Silva e Gabriel Falcão, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), valeu ao estudante um prémio europeu de “uso comercialmente mais relevante”, atribuído a nível europeu.
De acordo com o comunicado enviado ao Boas Notícias, os professores da FCTUC explicaram que esta tecnologia, desenvolvida por João Andrade, “permite desenvolver hardware utilizando uma abordagem próxima do desenvolvimento típico de software”.

Assim, esta traz “grandes vantagens, nomeadamente ao nível do aumento da flexibilidade de desenvolvimento, da adaptabilidade do sistema a novas funcionalidades e de teste e correção de erros, o que não era possível até aqui”, acrescentaram.

O prémio, que vai ser entregue em Setembro, contemplou ainda, em duas outras categorias, alunos da Universidade de Creta (Grécia) e da Universidade Politécnica de Valência (Espanha).

domingo, 28 de julho de 2013

Ponto mais sul de Portugal Continental é um reduto de sustentabilidade

É o ponto mais a sul de Portugal Continental e um verdadeiro bastião de ecologia, mesmo com infra-estruturas turísticas que continua a trazer pessoas todos os anos. O restaurante pertence a José Vargas
, que há 22 anos transporta turistas de Faro até à Ilha Deserta. “Comecei por trazer turistas para conhecer a beleza do parque, as aves e caranguejos, tudo o que tinha vivido na minha juventude”, explicou o director-geral da Animaris ao Economia Verde.
A Animaris cresceu e começaram também a aumentar as preocupações ecológicas, até porque o local de trabalho, a Ria Formosa, não lhe dava outra alternativa. Uma das ideias foi criar um restaurante e bar em plena Deserta, o Estaminé.
O restaurante está colocado sobre estacas, para permitir que as sementes e biodiversidade não sejam afectadas pela construção. O grande desafio foi levar as infra-estruturas sanitárias e electricidade à Deserta, ilha que conta com apenas um habitante.
“Não há nenhuma infra-estrutura pública. Não há luz eléctrica, rede de esgotos ou água de rede. Somos nós que temos de fazer isto tudo”, explicou José Vargas.
Para ter electricidade, o Estaminé apostou em 40 painéis solares, o que lhe permite ser auto-suficiente – até – de Inverno. “Hoje é comum vermos painéis solares, mas em 1991 só eu e uns quantos “malucos” alemães da Costa Vicentina [os tínhamos]”, gracejou o empresário.
Os pratos servidos no Estaminé são locais, e os turistas até têm a possibilidade de falar com os pescadores e perceberem mais sobre a biodiversidade da Ria Formosa.

Ponto mais sul de Portugal Continental é um reduto de sustentabilidade

É o ponto mais a sul de Portugal Continental e um verdadeiro bastião de ecologia, mesmo com infra-estruturas turísticas que continua a trazer pessoas todos os anos. O restaurante pertence a José Vargas
, que há 22 anos transporta turistas de Faro até à Ilha Deserta. “Comecei por trazer turistas para conhecer a beleza do parque, as aves e caranguejos, tudo o que tinha vivido na minha juventude”, explicou o director-geral da Animaris ao Economia Verde.
A Animaris cresceu e começaram também a aumentar as preocupações ecológicas, até porque o local de trabalho, a Ria Formosa, não lhe dava outra alternativa. Uma das ideias foi criar um restaurante e bar em plena Deserta, o Estaminé.
O restaurante está colocado sobre estacas, para permitir que as sementes e biodiversidade não sejam afectadas pela construção. O grande desafio foi levar as infra-estruturas sanitárias e electricidade à Deserta, ilha que conta com apenas um habitante.
“Não há nenhuma infra-estrutura pública. Não há luz eléctrica, rede de esgotos ou água de rede. Somos nós que temos de fazer isto tudo”, explicou José Vargas.
Para ter electricidade, o Estaminé apostou em 40 painéis solares, o que lhe permite ser auto-suficiente – até – de Inverno. “Hoje é comum vermos painéis solares, mas em 1991 só eu e uns quantos “malucos” alemães da Costa Vicentina [os tínhamos]”, gracejou o empresário.
Os pratos servidos no Estaminé são locais, e os turistas até têm a possibilidade de falar com os pescadores e perceberem mais sobre a biodiversidade da Ria Formosa.

Ponto mais sul de Portugal Continental é um reduto de sustentabilidade

É o ponto mais a sul de Portugal Continental e um verdadeiro bastião de ecologia, mesmo com infra-estruturas turísticas que continua a trazer pessoas todos os anos. O restaurante pertence a José Vargas
, que há 22 anos transporta turistas de Faro até à Ilha Deserta. “Comecei por trazer turistas para conhecer a beleza do parque, as aves e caranguejos, tudo o que tinha vivido na minha juventude”, explicou o director-geral da Animaris ao Economia Verde.
A Animaris cresceu e começaram também a aumentar as preocupações ecológicas, até porque o local de trabalho, a Ria Formosa, não lhe dava outra alternativa. Uma das ideias foi criar um restaurante e bar em plena Deserta, o Estaminé.
O restaurante está colocado sobre estacas, para permitir que as sementes e biodiversidade não sejam afectadas pela construção. O grande desafio foi levar as infra-estruturas sanitárias e electricidade à Deserta, ilha que conta com apenas um habitante.
“Não há nenhuma infra-estrutura pública. Não há luz eléctrica, rede de esgotos ou água de rede. Somos nós que temos de fazer isto tudo”, explicou José Vargas.
Para ter electricidade, o Estaminé apostou em 40 painéis solares, o que lhe permite ser auto-suficiente – até – de Inverno. “Hoje é comum vermos painéis solares, mas em 1991 só eu e uns quantos “malucos” alemães da Costa Vicentina [os tínhamos]”, gracejou o empresário.
Os pratos servidos no Estaminé são locais, e os turistas até têm a possibilidade de falar com os pescadores e perceberem mais sobre a biodiversidade da Ria Formosa.

Coimbra: Classificação da UNESCO aumenta turismo

A classificação do conjunto arquitetónico composto pela Universidade de Coimbra (UC) - Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO no passado mês de Junho está já a aumentar a afluência de turistas àquela cidade portuguesa. O local que mais atrai os visitantes é a Biblioteca Joanina, afirmou, na quarta-feira, o reitor da UC.

João Gabriel Silva falava como convidado durante uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Coimbra, convocada por proposta da CDU, para debater a classificação da Universidade, Alta e Sofia como Património Mundial, considerada "uma honra e responsabilidade para o município e para o país". 

O reitor da UC estimou que, para visitar a Biblioteca Joanina, a "joia da coroa" da área inscrita na lista de Património Mundial, será necessário fazer "reserva com dias de antecedência" em função do aumento de turistas que, nos últimos dias, tem registado a "Casa da Livraria" setecentista. 
"É normal que as zonas classificadas" pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) registem, "inicialmente, um aumento de turistas", mas, alertou João Gabriel Silva, também é normal que, pouco depois se observem "decréscimos se não forem criados mecanismos que atraiam e fixem turistas". 

O responsável defendeu que a criação desses mecanismos "depende de todos", incluindo a Universidade de Coimbra, mas também a câmara municipal, o Governo, os departamentos descentralizados da administração central, as entidades públicas e privadas e os cidadãos. 

João Gabriel Silva aproveitou ainda a ocasião para sublinhar "a energia e visão" do seu antecessor à frente da reitoria da UC, Fernando Seabra Santos, que lançou e desenvolveu o projeto de candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património da Humanidade, bem como o "papel decisivo na reta final" do processo de candidatura de João Paulo Barbosa de Melo, atual autarca de Coimbra.

Além de João Gabriel Silva, foram convidados para participar na sessão o anterior reitor da UC Fernando Seabra Santos, Raimundo Mendes da Silva, o curador da candidatura da Universidade, Alta e Sofia a Património Mundial e a presidente da Comissão Nacional da UNESCO, que se fez representar por Maria José Morais.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

The Guardian destaca hotel "de cortiça" português

O Ecorkhotel Évora Suites & Spa encontra-se em destaque na secção de viagens do The Guardian. A quem procura umas férias que conjuguem natureza e desporto, o jornal britânico recomenda esta unidade hoteleira onde a cortiça é o elemento predominante.
Com 56 suites modernas "espalhadas como cubos de açúcar branco ao longo da planície alentejana", este "inovador eco-hotel, situado na periferia da cidade de Évora, é inteiramente revestido a cortiça e abastecido por energia solar e geotérmica", escreve aquela publicação.
A autora do artigo, Joanne O'Connor, sublinha ainda que o hotel possui "piscina, spa e um restaurante que serve cozinha tradicional portuguesa" e que todas estas fantásticas ofertas se encontram a "escassos 5 minutos do centro histórico de Évora".
Como o Boas Notícias noticiou anteriormente, o Ecorkhotel foi inaugurado no passado mês de Maio. É agora apresentado pelo The Guardian como uma "variante pioneira na aplicação da cortiça" enquanto isolante térmico e acústico, num país que é já um "tradicional fornecedor de rolhas de cortiça para as garrafas de vinho de todo o mundo".
Com uma classificação de quatro estrelas atribuída pelo The Guardian, este eco-hotel alia o máximo conforto às preocupações ambientais, recorrendo a energias alternativas para o abastecimento do edifício principal, piscinas e restante água canalizada do hotel. O preço é de 120 euros por noite num quarto duplo.

Clique AQUI para ler o artigo completo no The Guardian e AQUIpara aceder ao site do Ecorkhotel Évora, Suites & Spa.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Horas de deitar irregulares podem afectar cérebro das crianças

Estudo comparou aprendizagem de crianças que iam para a cama sempre à mesma hora e daquelas cujos pais não tinham uma rotina. Raparigas são mais afectadas.
Encontrar uma hora certa para dormir é mais importante do que ser cedo ou tarde


As crianças que durante a semana não conseguem manter uma rotina que passe por irem para a cama sempre às mesmas horas poderão ficar com o cérebro afectado, nomeadamente com mais dificuldade em assimilar as novas informações.

As conclusões são de uma equipa de investigadores da University College London e acabam de ser publicadas no Journal of Epidemiology and Community Health. De acordo com os cientistas, quando não há uma rotina do sono, ainda assim, os efeitos negativos são mais sentidos pelas raparigas do que pelos rapazes, explica o diário britânico The Guardian.

O estudo procurou perceber os efeitos de horários de sono irregulares no desenvolvimento cerebral em crianças ainda pequenas. Para isso, os investigadores utilizaram informações do UK Millennium Cohort Study, uma base de dados que contém informações de várias áreas. Os investigadores escolheram uma amostra de adolescentes cujos dados eram acompanhados desde a infância e compararam os dados relativos ao ciclo de sono com os resultados em alguns testes.

O trabalho contou com a participação dos pais. Os que responderam que os seus filhos iam para a cama “sempre” ou “quase sempre” às mesmas horas foram colocados no grupo dos regulares e os que responderam “algumas vezes” ou nunca” foram para os irregulares.

A equipa, liderada por Amanda Sacker, olhou em especial para as informações das crianças quando estavam casa dos três anos de idade e percebeu que tanto os rapazes como as raparigas que tinham irregularidades no sono apresentavam mais tarde dificuldades em áreas como a leitura, a matemática ou exercícios que implicassem abstracção. O problema afectava mais as raparigas, tanto aos três anos como mais tarde, aos cinco e aos sete anos.

Pelo contrário, as crianças cujos pais mantinham uma rotina mais apertada tinham mais facilidade em apreender a informação de situações novas. Além disso, de acordo com o estudo, aparentemente quanto mais tempo perdurar a irregularidade maiores vão ser os efeitos no futuro. Um dado curioso é que a hora a que as crianças se deitam parece não ter influência, desde que seja sempre a mesma, ainda que seja mais tarde.

“Os três anos parecem ser a idade onde se vê um efeito mais claro” da privação de sono, disse Amanda Sacker ao The Guardian, explicando que contrariar o relógio do corpo humano tem implicações directas na aprendizagem. “Se uma criança tiver irregularidades na hora de ir para a cama numa idade prematura, não estará a sintetizar toda a informação à sua volta, e terão o trabalho mais dificultado em fazê-lo quando fores mais velhas”, acrescentou. “Dormir é o preço que pagamos pela plasticidade [do cérebro] no dia anterior e o investimento necessário para permitir aprender com a cabeça fresca no dia seguinte”, escrevem os autores, citados pelo mesmo jornal.

Sepultura de mulher com 8000 anos descoberta em Alcácer do Sal

Esqueleto estava num monte de conchas perto do rio Sado, deixadas lá pelos últimos caçadores-recolectores em território português. Não muito longe, tinha-se já encontrado um cão com 7600 anos.
Escavação da mulher na sua sepultura no concheiro de Poças de São Bento, perto do Sado

Colocaram-na cuidadosamente de costas, com os braços sobre a barriga e as pernas bastante flectidas, e assim ficou em repouso durante cerca de 8000 anos. Agora, a equipa que trabalha no sítio arqueológico de Poças de São Bento, em Alcácer do Sal, começou por se deparar com um pedaço do crânio que ficou à mostra durante as escavações. Era um fragmento do esqueleto de uma mulher que pertenceu aos últimos caçadores-recolectores em território português.

Anunciada esta quinta-feira, a descoberta é da equipa de Mariana Diniz, da Universidade de Lisboa, e Pablo Arias, da Universidade da Cantábria (Espanha), coordenadores do projecto Sado-Meso, que se centra nos concheiros do estuário do Sado.

O concheiro de Poças de São Bento é um desses amontoados de conchas deixados pelos últimos caçadores-recolectores, no Mesolítico, quando as sociedades agropastoris estavam já a emergir no território agora português. E as conchas eram restos da alimentação que os caçadores-recolectores retiravam do Sado, como berbigão, amêijoas, douradas e robalos.  

No concheiro de Poças de São Bento já se encontraram outros esqueletos humanos, noutras escavações, por exemplo na década de 1950. Qual é então a importância agora desta mulher? “É [o esqueleto] mais bem preservado em Poças de São Bento. Podemos observar sua posição. Há um ritual de deposição do corpo com alguma elaboração”, responde Mariana Diniz. “Espólio e oferendas, não há nada. Estes caçadores aparentemente não se faziam acompanhar [por esses objectos]”, acrescenta a arqueóloga. “A partir deste esqueleto vamos poder fazer uma série de análises laboratoriais, como análises de ADN e datações, porque temos a amostra controlada”, refere ainda Mariana Diniz, explicando que os achados arqueológicos antigos do local têm o problema de não se saber exactamente de onde vêm.

“Esta descoberta permitirá obter informação detalhada acerca do comportamento funerário destes grupos, das suas actividades rituais”, adianta por sua vez um comunicado da Universidade de Lisboa.

Este mesmo concheiro já tinha dado uma prenda aos investigadores do projecto Sado-Meso em 2011: encontraram o esqueleto de um cão, o Piloto, que datações por radiocarbono, realizadas na Universidade de Oxford, Reino Unido, confirmaram que tinha 7600 anos. Claramente documentada numa escavação, é a sepultura de um cão mais antiga do Sul da Europa. Este cão mesolítico, sublinhou na altura a equipa, é importante para compreender o universo mental destes grupos de caçadores-recolectores.

Mulher e cão partilharam assim o mesmo concheiro na hora da morte. “Mas não podemos dizer que é ela era a dona do cão”, diz a arqueóloga, trazendo-nos de volta à realidade mais objectiva da ciência. “Estão no mesmo concheiro, mas aparentemente, pelos dados que temos agora, a zona da necrópole humana e o cão estão separados 10 a 15 metros. Temos a necrópole humana mais a nascente e o cão está no limite poente do concheiro.”

Embora ainda sem datações, o esqueleto da mulher parece ser um pouco mais antigo que o do cão, uma vez que ela encontra nas areias de base do concheiro. “Em pré-história, um pouco mais antigo pode ser 300 ou 400 anos...”

Estrela que irá ter 100 vezes a massa do Sol apanhada a nascer

Novo radiotelescópio no Chile observou o interior de nuvem de poeiras e gases na nossa galáxia onde está a formar-se uma estrela gigantesca. Ela vai nascer, viver e morrer depressa, como um buraco negro.
O núcleo amarelo é o "útero" estelar onde está a formar-se a nova estrela numa nuvem de gases e poeiras, a 11.000 anos-luz da Terra

Como nascem as estrelas de grande massa, aquelas que têm pelo menos dez vezes a massa do Sol? Uma equipa internacional, que inclui a astrofísica portuguesa Ana Duarte Cabral, apanhou o maior embrião de uma estrela alguma vez visto a formar-se na nossa galáxia e que já deu pistas aos cientistas sobre o assunto.

A estrela é uma das que estão a nascer na Via Láctea, dentro da Nuvem Escura de Spitzer 335.579-0.292, um grande aglomerado de poeiras e gases que não deixa passar a luz visível. A zona da nuvem escura onde esta estrela se encontra em formação é como um grande útero estelar, com 500 vezes a massa do Sol, e é aí que a estrela está a alimentar-se vorazmente enquanto cresce. No final da sua formação, deverá atingir 100 vezes a massa do Sol, o que é muito invulgar. Não se conhecem estrelas com muito mais de 100 massas solares e mesmo com mais de 50 já são raras.

Ora, para conseguir ver o interior desta nuvem escura, como se de uma ecografia se tratasse, a equipa utilizou o maior radiotelescópio da Terra, o ALMA, inaugurado no Chile em Março. Tudo porque o ALMA, da sigla em inglês de Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, observa outro tipo de radiação, com comprimentos de onda maiores do que a luz visível, por volta do milímetro, o que permitiu observar o interior desta nuvem opaca, situada a cerca de 11.000 anos-luz de distância da Terra.

Outros telescópios espaciais, o Spitzer, da NASA, e o Herschel, da Agência Espacial Europeia, já tinham antes dado a ver que o ambiente dentro da nuvem era conturbado, com filamentos de gás escuros e densos. Mas o poder do ALMA permitiu observações mais minuciosas, quer ao nível da quantidade de poeiras quer do gás a deslocar-se dentro da nuvem, sublinha um comunicado do Observatório Europeu do Sul (ESO), organização intergovernamental de astronomia a que Portugal pertence e que é um dos parceiros do radiotelescópio.

Fragmentação ou colapso total?

Estas observações trazem agora novas pistas sobre a formação de estrelas de grande massa. Há duas hipóteses, explica ainda o comunicado. Uma sugere que a nuvem escura progenitora se fragmenta, criando vários núcleos pequenos de matéria, que entra em colapso sobre si própria, acabando por formar várias estrelas. A outra hipótese sugere que a nuvem inteira entrará em colapso, com o material a deslocar-se rapidamente para o centro da nuvem, criando nessa região uma ou mais estrelas de massa muito elevada.

“As observações do ALMA permitiram-nos ver pela primeira vez com todo o pormenor o que se passa no interior desta nuvem,” diz o coordenador da equipa, Nicolas Peretto, da Universidade de Cardiff, no Reino Unido. “Queríamos ver como é que estrelas monstruosas se formam e crescem, e conseguimos! Uma das fontes que encontrámos é um verdadeiro gigante – o maior núcleo proto-estelar alguma vez encontrado na Via Láctea.”

Neste núcleo, o útero da estrela embrionária, muita matéria continua a juntar-se. A gravidade fará o seu trabalho e todo esse material cairá sobre si próprio, formando uma estrela com uma quantidade de matéria invulgar. “As observações do ALMA revelam os detalhes espectaculares dos movimentos da rede de filamentos de gás e poeiras e mostram que uma enorme quantidade de gás está a deslocar-se para a região central compacta”, explica por sua vez Ana Duarte Cabral, 28 anos, actualmente no Laboratório de Astrofísica da Universidade de Bordéus, em França, como pós-doutorada.

Estas observações apoiam assim a hipótese do colapso global para a formação de estrelas de grande massa, em vez da hipótese da fragmentação, remata o comunicado.

“Embora já soubéssemos que esta região era uma boa candidata a ter uma nuvem a formar estrelas de grande massa, não esperávamos encontrar uma estrela embrionária tão grande no seu centro. De todas as estrelas da Via Láctea, apenas uma em cada dez mil atinge este tipo de massa [100 massas solares]!”, sublinha Peretto.

Com esse “tamanho”, se a colocássemos no nosso sistema solar, até onde chegaria ela? “Para já, o que observámos foi o núcleo que poderá dar origem a uma tal estrela, que neste momento ainda está em crescimento. O núcleo em si tem cerca de 10.000 unidades astronómicas, ou seja, 10 mil vezes a distância da Terra ao Sol, pelo que o tamanho deste núcleo é maior do que o sistema solar inteiro”, responde ao PÚBLICO Ana Duarte Cabral. “No entanto, quando a estrela for adulta e parar de crescer, se atingir as tais 100 massas solares, terá um raio que será cerca de 30 vezes maior que o raio do Sol. Mesmo assim, esta distância corresponde a menos do que a distância entre Mercúrio e o Sol. Seria uma estrela 30 vezes maior (em raio) do que o Sol, mas não chegaria a nenhum dos planetas.”

Nascer e morrer depressa

Mas estrelas como esta nascem, crescem e morrem depressa. “Não são apenas raras, o seu nascimento é também extremamente rápido e a sua infância muito curta. É por isso que encontrar um objecto com tanta massa numa fase tão inicial da sua evolução é um resultado espectacular”, acrescenta outro elemento da equipa, Gary Fuller, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, que foi o orientador da tese de doutoramento de Ana Duarte Cabral.

Esta fase precoce do nascimento de uma estrela maciça demora cerca de um milhão de anos. “Uma vez adulta, penso que viverá qualquer coisa como cinco milhões de anos. Pode parecer muito para nós, mas comparado com estrelas como o Sol, que duram cerca de 9000 milhões de anos, é muito curto”, diz-nos ainda a astrofísica portuguesa. “O facto de as estrelas maciças serem raras e evoluírem tão depressa é que as torna tão difíceis de observar.”

Quando o seu fim chegar, ela tornar-se-á um buraco negro, refere Ana Duarte Cabral. “Só as estrelas maciças acabam a vida de forma tão dramática.”

Cientistas descobriram fractura tectónica em formação ao largo da costa portuguesa

Após os grandes terramotos de 1755 e 1969 em Portugal, já se suspeitava que algo estivesse a acontecer no fundo do Atlântico, próximo da Península Ibérica. Agora, cientistas portugueses, australianos e franceses afirmam ter descoberto os primeiros indícios desse fenómeno.
Um "embrião" de placa tectónica foi detectado a sudoeste de Portugal 


A descoberta de uma zona de subducção nas suas primeiríssimas fases de formação, ao largo da costa de Portugal, acaba de ser anunciada por um grupo internacional de cientistas liderados por João Duarte, geólogo português a trabalhar na Universidade de Monash, na Austrália.

A confirmar-se que o fenómeno, em que uma placa tectónica da Terra mergulha debaixo de outra, está mesmo a começar a acontecer, como concluem estes cientistas num artigo publicado online pela revista Geology, isso significa que, daqui a uns 200 milhões de anos, o oceano Atlântico poderá vir a desaparecer e as massas continentais da Europa e América a juntar-se num novo supercontinente.

João Duarte e a sua equipa de Monash, juntamente com Filipe Rosas, Pedro Terrinha e António Ribeiro, da Universidade de Lisboa e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera – e ainda Marc-André Gutcher, da Universidade de Brest (França) – detectaram os primeiros indícios de que a Margem Sudoeste Ibérica – uma margem “passiva” do Atlântico, isto é, onde aparentemente nada acontecia – está na realidade a tornar-se activa, explica em comunicado aquela universidade australiana. A formação da fractura foi detectada através do mapeamento pelos cientistas, ao longo de oito anos, do fundo do oceano nessa zona.

“Detectámos os primórdios da formação de uma margem activa – que é como uma zona de subducção embrionária”, diz João Duarte, citado no mesmo comunicado.

E o investigador salienta que a actividade sísmica significativa patente naquela zona, incluindo o terramoto de 1755 que devastou Lisboa, já fazia pensar que estivesse a produzir-se aí uma convergência tectónica.

A existência desta zona de subducção incipiente ao largo de Portugal poderá indiciar que a geografia dos actuais continentes irá evoluir, ao longo dos próximos 220 milhões de anos, com a Península Ibérica a ser empurrada em direcção aos Estados Unidos. Este tipo de fenómeno já terá acontecido três vezes ao longo de mais de quatro mil milhões de anos de história do nosso planeta, com o movimento das placas tectónicas a partir antigos supercontinentes (como o célebre Pangeia, que reunia todos os continentes actuais) e a abrir oceanos entre as várias massas continentais resultantes.

O processo de formação da nova zona de subducção deverá demorar cerca de 20 milhões de anos, fornecendo aos cientistas uma “oportunidade única” de observar o fenómeno de activação tectónica.

5 maneiras para aumentar o QI

Pesquisas comprovam que a inteligência pode aumentar ou diminuir dependendo do estilo de vida. Veja cinco maneiras de elevar seu QI




São Paulo — Muita gente pensa que a inteligência é uma característica puramente genética, que não pode ser alterada. Mas esse mito vem sendo seguidamente derrubado pelaspesquisas científicas. Estudos com pessoas de todas as idades mostram que o QI – a principal medida da inteligência – pode aumentar ou diminuir ao longo dos anos em função do estilo de vida.

São Paulo — Muita gente pensa que a inteligência é uma característica puramente genética, que não pode ser alterada. Mas esse mito vem sendo seguidamente derrubado pelaspesquisas científicas. Estudos com pessoas de todas as idades mostram que o QI – a principal medida da inteligência – pode aumentar ou diminuir ao longo dos anos em função do estilo de vida.
Imagens obtidas por ressonância magnética comprovam que atividades que estimulam o cérebroprovocam modificações anatômicas nele, elevando o QI. A falta dessas atividades, ao contrário, pode levar à redução da inteligência. Como os músculos, que se atrofiam ou se desenvolvem dependendo do nível de atividade física, o cérebro reage ao exercício mental.
Ainda que os testes de QI sejam questionados, eles continuam sendo a maneira mais aceita de medir a inteligência de uma pessoa. Em geral, um QI entre 90 e 110 é considerado normal. Um gênio pode passar de 150 e uma pessoa com menos de 70 é classificada como deficiente.
Sabe-se que o QI médio é mais alto nos países ricos do que nos pobres. E, na maior parte do mundo, o QI médio da população vem subindo alguns pontos por década desde o início do século XX (esse fenômeno é conhecido como Efeito Flynn, nome do cientista neozelandês que o estudou). Confira, a seguir, cinco maneiras de estimular o cérebro e desenvolver a inteligência.
1 Avance o máximo possível nos estudos
Uma pesquisa da universidade de Cornell, no estado americano de Nova York, mostrou que cada ano de estudo regular acrescenta vários pontos ao QI. Assim, se você puder chegar ao pós-doutorado, não pare na graduação.
2 Escolha uma atividade profissional desafiadora
Um estudo realizado durante 30 anos pelo National Institute of Mental Health americano (citado pelo Wall Street Journal) concluiu que profissionais que desempenham atividades complexas, resolvem problemas difíceis no dia-a-dia ou lidam com pessoas de forma elaborada tendem a ter melhores resultados nos testes de QI. Aqueles que, ao contrário, realizam um trabalho simples, que não exige raciocínio, tendem a piorar com o tempo.
3 Explore novos assuntos
As atividades que mais contribuem para elevar o QI são aquelas com a qual a pessoa não está habituada. Ou seja, encarar algum assunto totalmente novo de vez em quando traz benefícios à mente. Numa pesquisa da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, 20 jovens treinaram malabarismo durante um mês. Os neurocientistas observaram um rápido aumento na massa cinzenta do cérebro desses voluntários. Quando o treinamento terminou, o cérebro foi lentamente voltando ao estado anterior, mas as pessoas conservaram a habilidade desenvolvida com os malabares. Experimentos similares em outros países confirmaram as observações dos alemães.
4 Estude e pratique música
A música é um excelente estimulo para o cérebro. Uma pesquisa da Universidade de Toronto em Mississauga, no Canadá, apontou que seis anos de estudo de música na infância provocam um aumento médio de 7,5 pontos no QI. Outro estudo, da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, observou que músicos que permanecem ativos por pelo menos uma década conservam um QI elevado até depois dos 60 anos.
5 Prefira o lazer inteligente
Há uma variedade de jogos que prometem desenvolver a inteligência. E as pesquisas mostram que eles funcionam. Um dos mais conhecidos é o N-back, disponível, inclusive, na forma de aplicativo para iPhone e Android. Mas qualquer jogo que envolva desafios mentais traz bons resultados.

Sensor químico indica concentração de ozônio no ambiente


Método é mais econômico e fácil do que outros utilizados para medir a quantidade do composto tóxico no ar


São Paulo – Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara, desenvolveram um novo método para medir a concentração de ozônio no ambiente. O ozônio é um composto tóxico para o homem, plantas e animais, que pode danificar diversos materiais, como borracha e corantes, e contribuir para o aumento do efeito estufa.
Sensor desenvolvido é baseado na reação do ozônio com o índigo – corante utilizado na indústria têxtil para tingir tecidos, como o jeans, e na indústria alimentícia para conferir a cor azul anil
Portátil, mais barato e mais fácil de ser utilizado do que outros equipamentos existentes para essa função, o dispositivo começou a ser desenvolvido durante um projeto de pesquisa, realizado com apoio da FAPESP, e resultou em uma patente, depositada com auxílio do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual (PAPI/Nuplitec), da FAPESP.
“Realizamos uma pesquisa sobre sistemas analíticos para determinação de ozônio no ambiente e vimos que existiam poucos métodos químicos para essa finalidade”, disse Arnaldo Alves Cardoso, professor do Instituto de Química da Unesp de Araraquara e autor do projeto, à Agência FAPESP.
“Com base nessa constatação, buscamos desenvolver, a partir do início de 2000, um novo método químico para determinação da concentração de ozônio em ambiente. O método é mais indicado para realizar medidas pontuais em ambientes internos, por exemplo, para as quais não vale a pena adquirir equipamentos eletrônicos existentes hoje, que são sofisticados e caros”, disse Cardoso.
O sensor desenvolvido é baseado na reação do ozônio com o índigo – corante utilizado na indústria têxtil para tingir tecidos, como o jeans, e na indústria alimentícia para conferir a cor azul anil a balas, chicletes e sucos em pó –, que, na presença do composto, se oxida e descolore.
Um filtro de celulose impregnado com índigo, em formato circular e com apenas 2 centímetros de diâmetro, é inserido dentro de uma seringa descartável de plástico com etilenoglicol – substância que aumenta a umidade do filtro e, dessa forma, facilita a reação do ozônio com a superfície do material.
A aspiração do ar por meio da seringa faz com que ozônio presente provoque a descoloração do índigo contido no filtro de celulose. Dessa forma, quanto maior a concentração de ozônio na amostra de ar coletada de um determinado ambiente, mais clara será a tonalidade do papel.
Inicialmente, o índigo restante ao final da amostragem era extraído e sua cor determinada por um colorímetro – equipamento que mede a intensidade de cores. Mais recentemente o método foi adaptado para fazer a leitura diretamente no filtro por meio de uma escala de 30 tons de azul, elaborada pelo doutorando Gabriel Garcia a partir de imagens digitalizadas de filtros contendo índigo e que pode ser impressa em qualquer impressora comercial.
Após algumas horas de duração do teste, a coloração final do filtro é comparada com a escala na qual cada intervalo corresponde a uma concentração de, aproximadamente, 3 ppb (partes por bilhão) de ozônio. Se a diferença entre a cor inicial e a final do filtro de celulose corresponder a 20 tons da escala, por exemplo, a concentração de ozônio na amostra de ar coletada será de, aproximadamente, 60 ppb – uma medida considerada alta.
“Por meio da tabela de variações de tons de índigo elaborada pelo Gabriel é possível fazer comparações visuais para saber qual a concentração de ozônio em um determinado ambiente”, disse Cardoso.
Comparações de equipamentos
Os pesquisadores compararam o desempenho do novo método químico com o equipamento utilizado por órgãos responsáveis pelo monitoramento da qualidade do ar – como o da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), em São Paulo – para determinar as concentrações de ozônio na atmosfera em ambientes abertos. Para isso, usaram um equipamento semelhante ao que possuem no Instituto de Química da Unesp de Araraquara e que foi adquirido com recursos da FAPESP.
Os experimentos, realizados no campus da Unesp em Araraquara, revelaram que os resultados das medições feitas com o sensor químico foram muito próximos das realizadas com o equipamento eletrônico, que custa cerca de US$ 10 mil.
A diferença entre eles, no entanto, é que enquanto o equipamento eletrônico faz as análises e indica a concentração de ozônio em tempo real, o sensor químico, que custa cerca de R$ 400, fornece a concentração média de um determinado dia, após algumas horas de duração do teste.
“O sensor que desenvolvemos não substitui totalmente os equipamentos eletrônicos utilizados para medir concentração de ozônio na atmosfera”, ressalvou Cardoso.
“O equipamento eletrônico indica a concentração de ozônio no ambiente minuto a minuto e, dessa forma, possibilita observar variações rápidas. Já o nosso método permite observar se a concentração de ozônio em um determinado local está alta ou baixa e saber qual o valor médio”, comparou.
Por ser uma opção mais barata e portátil, segundo o pesquisador, o sensor pode ser uma alternativa para monitorar lugares distantes dos grandes centros urbanos – uma vez que o ozônio está deixando de ser um problema exclusivo das metrópoles – e ambientes internos, que também passaram a gerar o composto.
Como o ozônio possui propriedade bactericida, eliminando microrganismos da água e do ar e compostos orgânicos que geram odores desagradáveis, como o de cigarro, o gás passou a ser produzido nos últimos anos em uma ampla gama de eletrodomésticos: purificadores de ar, máquinas de lavar roupas e ventiladores, além de lâmpadas germicidas. Além disso, vem sendo misturado na água de piscinas, aquários e utilizado como desodorizante de ambientes e fungicida de grãos.
Dessa forma, os ambientes internos passaram a contribuir para aumentar a concentração e a exposição das pessoas ao gás, que, em ambientes externos, é formado na atmosfera a partir de reações químicas envolvendo a luz solar, óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis emitidos na evaporação de combustíveis, dos escapamentos dos veículos e até mesmo pela vegetação, como florestas de eucalipto.
“O grande problema da geração de ozônio em ambientes internos é que ela será somada à produzida em ambientes externos e potencializará a concentração do gás no ar. E isso não se aplica só ao caso deste poluente”, afirmou Cardoso.
Falta de legislação
Outro problema apontado por Cardoso é que, enquanto há uma legislação bastante rigorosa em cidades como São Paulo para limitar a geração de ozônio em ambientes externos, de modo a não afetar a qualidade do ar, ainda não existem normas que regulem a geração do gás tóxico em ambientes fechados, a despeito do uso “doméstico” cada vez maior do composto.
Além disso, segundo Cardoso, ainda não se sabe exatamente a quantidade de ozônio gerada pelos eletrodomésticos geradores do gás e qual a concentração residual do composto em ambientes fechados após a utilização desses equipamentos.
“A falta de especificações técnicas desses equipamentos e de uma legislação que controle a geração de ozônio em ambientes fechados são problemas muito sérios que precisam ser discutidos”, afirmou.
De acordo com o pesquisador, os valores-limites de concentração de ozônio em ambientes fechados devem ser os mesmos estabelecidos pelos órgãos responsáveis pelo monitoramento da qualidade do ar para ambientes fechados.
No final de abril, a Cetesb, por exemplo, baixou um decreto estadual que reduziu de 70 para 50 ppb a concentração máxima tolerável de ozônio na atmosfera do Estado de São Paulo em um intervalo de 8 horas.
Em medições realizadas com o sensor químico em Araraquara, no entanto, os pesquisadores da Unesp detectaram concentrações de ozônio no ar de até 85 ppb e constataram que a quantidade do gás no ar da região aumenta no meio e no final do verão e durante o período da queima da cana-de-açúcar. “A queima de biomassa aumenta a emissão de compostos na atmosfera que favorecem a formação de ozônio”, explicou Cardoso.
Já na cidade de São Paulo, que possui a maior frota veicular do país, só em 2012 a concentração de ozônio na região do Parque do Ibirapuera ultrapassou 36 vezes a marca de 81 ppb, segundo dados da Cetesb.
“Apesar de os carros contarem com catalisadores, como a frota aumenta cada vez mais e, com o passar dos anos, a velocidade média dos veículos vem caindo, está se emitindo muito mais compostos para a atmosfera na cidade que provocarão a formação de ozônio”, disse Cardoso.
O sensor desenvolvido na Unesp já despertou o interesse de algumas empresas que trabalham com geração de ozônio, mas ainda não está sendo comercializado, em grande parte por causa da falta de legislação que estabeleça limites de geração do composto em ambientes internos.
Para facilitar seu uso em ambientes fechados uma alternativa já desenvolvida é um sistema em que pequenos filtros impregnados com índigo são colocados dentro de um recipiente aberto e, após algumas horas, retirados para analisar sua coloração e medir a concentração de ozônio. Neste caso não é necessária a utilização de equipamento para aspiração do ar porque o contato do ar ambiente com o índigo é suficiente para provocar a descoloração.
“O sensor ainda não foi comercializado para ser aplicado em ambientes fechados por falta de demanda de mercado. Mas, independentemente disso, temos buscado desenvolver métodos químicos que façam a determinação de ozônio de forma mais simples, barata e acessível”, disse Cardoso.

Nova terapia genética é esperança para doenças infantis raras

Uma nova terapia genética se mostrou promissora na eliminação de dois tipos de doenças infantis raras, aparentemente sem risco de causar câncer, revela uma pesquisa internacional publicada nesta quinta-feira.

O método utilizou um vetor do vírus HIV e as células-tronco do sangue dos próprios pacientes para corrigir uma versão defeituosa de um gene, segundo a pesquisa publicada na revista americana "Science".

Como resultado, seis crianças estão melhorando 18 a 32 meses depois de suas operações, afirmou o principal cientista da equipe, Luigi Naldini, do San Raffaele Telethon Institute for Gene Therapy, em Milão.

"Três anos depois do começo dos testes clínicos, os resultados obtidos dos primeiros seis pacientes são animadores. A terapia não apenas é segura, como eficiente e capaz de mudar a história clínica dessas doenças graves".

Três das crianças sofrem de leucodistrofia metacromática, uma doença do sistema nervoso causada por uma mutação do gene ARSA. Os bebês com essa doença parecem saudáveis quando nascem, mas, à medida que crescem, perdem faculdades motoras e cognitivas. Não há cura.

A nova terapia genética deteve o avanço da doença em três dessas crianças, informaram os pesquisadores.

Os outros três menores estudados têm a síndrome de Wiskott-Aldrich, originada por mutações no gene WAS, o que gera infecções recorrentes, doenças autoimunes, sangramentos frequentes e um maior risco de câncer. O tratamento reduziu os sintomas até estes sumirem completamente nas crianças, acrescentaram os pesquisadores.

Tentativas anteriores de terapias genéticas para diversas doenças, entre elas a síndrome de Wiskott-Aldrich, mostraram um certo êxito, mas no longo prazo descobriu-se que os pacientes com problemas imunológicos desenvolveram leucemia.

Os cientistas acreditam que os vetores virais utilizados no passado possam ter ativado, de algum modo, uma parte do DNA responsável pelo câncer.

Os pesquisadores têm sido bastante prudentes com os testes de terapia genética em humanos desde a morte em 1999 do adolescente americano Jesse Gelsinger. Sua participação em um teste por uma doença rara do metabolismo devastou seu sistema imunológico, o que levou à sua morte por falência múltipla dos órgãos.

O novo método retira células-tronco de hemocitoblasto da medula óssea do paciente e introduz uma versão corrigida do gene defeituoso, utilizando vetores virais derivados do HIV. Quando as células tratadas são reinjetadas nos pacientes, começam a criar proteínas desaparecidas em órgãos-chave.

"Até agora, não vimos uma forma de criar células-mãe utilizando uma terapia genética que seja tão eficiente e segura como essa", afirmou o pesquisador Eugenio Monti, acrescentando que "os resultados abrem caminho para novas terapias para outras doenças mais comuns".

Os dois testes tiveram início em 2010. Participaram deles seis pacientes com síndrome de Wiskott-Aldrich e dez com leucodistrofia metacromática.

Os resultados publicados na "Science" se referem aos seis primeiros pacientes tratados pelo tempo suficiente para que os pesquisadores pudessem emitir suas primeiras conclusões com segurança. A equipe afirma, porém, que são necessários um acompanhamento maior e mais testes em pacientes humanos para confirmar a segurança e a eficácia da terapia.
Uma nova terapia genética se mostrou promissora na eliminação de dois tipos de doenças infantis raras, aparentemente sem risco de causar câncer, revela uma pesquisa internacional publicada nesta quinta-feira. Foto: AFP Photo


Nova análise da estrela Gliese 667C revelou três planetas em uma região onde possa existir água em forma líquida

Uma equipe de astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, descobriu um novo sistema na constelação Escorpião com três planetas considerados super-Terras, que orbitam a estrela numa região onde a água pode existir em forma líquida. A característica torna estes planetas bons candidatos à presença de vida.
Ilustração mostra como seria exoplaneta Gliese 667Cd
A descoberta foi fruto da combinação de novas observações de Gliese 667C, já muito estuda pelos astrônomos, com dados obtidos anteriormente pelo instrumento HARPS. 
Estudos anteriores de Gliese 667C descobriram que a estrela era orbitada por três planetas situando-se um deles na zona habitável. Com a nova análise de dados, a equipe encontrou provas da existência de até sete planetas em torno da estrela.
A estrela Gliese 667C, com cerca de um terço da massa do Sol, faz parte de um sistema estelar triplo conhecido como Gliese 667 (também referido como GJ 667), situado a 22 anos-luz de distância na constelação do Escorpião. A estrela está, em termos astronômicos, muito perto do sistema solar.
Estes planetas orbitam a terceira estrela mais tênue do sistema estelar triplo. Os outros dois sóis seriam visíveis como um par de estrelas muito brilhantes durante o dia e durante a noite dariam tanta luz como a Lua Cheia. Os novos planetas descobertos preenchem por completo a zona habitável de Gliese 667C, uma vez que não existem mais órbitas estáveis onde um planeta poderia existir à distância certa.
“Sabíamos, a partir de estudos anteriores, que esta estrela tinha três planetas e por isso queríamos descobrir se haveria mais algum”, diz Tuomi em um comunicado. “Ao juntar algumas observações novas e analisando outra vez dados já existentes, conseguimos confirmar a existência desses três e descobrir mais alguns. Encontrar três planetas de pequena massa na zona habitável de uma estrela é algo muito excitante!”.
Três destes planetas são super-Terras - planetas com mais massa do que a Terra, mas com menos massa do que Urano ou Netuno - que se encontram na zona habitável da estrela, uma fina concha em torno da estrela onde a água líquida pode estar presente, se estiverem reunidas as condições certas. Esta é a primeira vez que três planetas deste tipo são descobertos nesta zona num mesmo sistema.
“O número de planetas potencialmente habitáveis na nossa galáxia é muito maior se esperarmos encontrar vários em torno de cada estrela de pequena massa - em vez de observarmos dez estrelas à procura de um único planeta potencialmente habitável, podemos agora olhar para uma só estrela e encontrar vários planetas”, acrescenta o co-autor Rory Barnes (Universidade de Washington, EUA).